15 outubro 2010

Visita à cervejaria Bamberg


Como este blog ficou em período de inatividade por alguns meses eu fiquei devendo um relato de minha visita à cervejaria Bamberg em Votorantim, interior de São Paulo, ocorrida no último mês de maio. Como já relatado em outro post, a micro cervejaria Bamberg nasceu no ano de 2005. Depois de visitar várias cervejarias ao redor do mundo, os irmãos Alexandre, Thiago e Lucas realizaram um estudo e decidiram abrir uma cervejaria. A escolha do nome Bamberg foi uma homenagem à cidade alemã referência em produção de cervejas.

Durante esta visita fui recebido pelo Alexandre Bazzo. Passamos a tarde inteira na companhia do Rudolf e do Sérgio, cervejeiros caseiros da Acerva Paulista que produzem a Barba Bier e também visitavam a Bamberg. Pude conhecer as instalações da cervejaria e ainda provei algumas de suas produções, entre elas algumas muito esperadas por mim, como a nova produção da Tcheca, a Vintage N. 1 e a Weizenbock refermentada com fermento de champanhe.

Cozinha da cervejaria Bamberg.
Tanques de fermentação e maturação.

A estrutura da Bamberg, além da parte onde a cerveja é produzida, com uma sala para recepção de convidados e realização de degustações. Esta sala fica no andar superior da cervejaria e tem uma grande janela de vidro de onde podemos acompanhar a produção. As fotos da cozinha e dos tanques de fermentação foram tiradas desta sala.

Na mesma época da visita, o Alexandre estava estudando a mudança de rótulo das cervejas Bamberg e todas as provas estavam por lá. Pude conhecer os novos rótulos que estão bem diferentes e mais chamativos. O rótulo da Rauchbier é o que mais mudou e o motivo disso provavelmente é o prêmio, medalha de prata, ganho no European Beer Star de 2009. Aliás o troféu e o certificado estavam orgulhosamente expostos na cervejaria.

Novos rótulos das cervejas Bamberg.

Bamberg Rauchbier e o troféu ganho no European Beer Star de 2009.

Certificado do prêmo recebido pela Rauchbier.

Weizenbock maturada em barril de carvalho e refermentada com levedura de espumante.

Depois vieram as degustações. A primeira foi a Weizenbock maturada em barril de carvalho e refermentada com levedura para champanhe. Esta cerveja, ao que parece, não está nos planos comerciais da cervejaria. Por enquanto não passa de um teste. Aliás, estes testes são cada vez mais frequentes na Bamberg. O Alexandre Bazzo investe cada vez mais na experimentação, produzindo estilos diferentes e testando a maturação de cervejas mais alcoólicas em barris de carvalho. Espero poder contar cada vez mais com estas cervejas em nosso mercado e acredito que sairão da Bamberg as primeiras produções totalmente brasileiras. Durante a visita ele tinha uma Doppelsticke, estilo raro alemão, maturando no barril.
Barris com Vintage e com a Doppelsticke.

Alexandre Bazzo e eu entre os tanques degustando a Tcheca.

A Biertrupe Tcheca, uma das melhores Bohemian Pilsners disponíveis no Brasil, foi provada direto do tanque ainda durante o estágio de maturação, mas mesmo assim estava muito boa. Também provei outras cervejas do tanque como a Weizen e a Schwarzbier, pelo que lembro.
Biertruppe Vintage 1.

Para terminar, degustamos a Biertrupe Vintage 1, uma English Barley Wine maturada por 100 dias em barril de carvalho. Surpreendentemente ela foi provada em temperatura ambiente e desceu bem macia e suave. Ótima cerveja.

Recomendo uma visita ao novo website da cervejaria Bamberg. Você também pode conhecer a cervejaria. Mais informações no site deles.

Se você estiver em São Paulo recomendo que procure encontrar algumas das cervejas da Bamberg na versão chope. Vale a pena provar e sentir a diferença para as versões engarrafadas. Além disso, geralmente o chope Bamberg custa o mesmo que outros chopes comerciais.

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